Trilhas da Cena

Sem categoria

Quem matou Spalding Gray?

Três mulheres de gerações diferentes se cruzam em As pequenas coisas, uma peça que aborda com humor e acidez a solidão, raça, gênero e etarismo. Ambientada em um encontro inusitado, a trama revela um universo feminino complexo, onde a solidariedade e pequenos gestos apaziguam tormentos, levando a uma profunda transformação e autodescoberta. Uma jornada de reencontro consigo e com o outro.

Quem matou Spalding Gray? Read More »

Uma mulher idosa está sentada em uma cadeira vermelha lendo um pedaço de papel, enquanto uma mulher mais jovem ao lado dela, vestida com uma jaqueta amarela, está inclinada com a cabeça apoiada na mão contra uma parede pintada de azul e turquesa. Foto: Tetembua Dandara

Eu tenho uma história que se parece com a minha

A obra atravessa diferentes gerações da família da artista Tetembua Dandara. Ativada pelo encontro da performer e sua avó, Dirce Poli, com intervenções de sua mãe, Neuza Poli, e de sua irmã, Mafoane Odara. A instalação convida o público a adentrar um espaço que remete a uma sala de vó, a um quintal ou mesmo a uma festa dos anos 1990. Ali, narrativas são reconstruídas pelas vozes, sabores e olhares dos presentes, que podem transitar pelo espaço e pelas histórias por quanto tempo desejarem. O trabalho teve como ponto de partida o livro fotográfico homônimo idealizado pela performer, que traz espaços em branco (e preto), estabelecendo um diálogo de imagens e poucas palavras.

Eu tenho uma história que se parece com a minha Read More »

Uma mulher e um adolescente estão juntos contra um fundo escuro. A mulher tem o braço em volta do ombro do menino. Ambos têm expressões sérias e cabelos escuros. Foto: Ana Alexandrino

Por que não cantando?

Por que não cantando explora as complexas dinâmicas de aceitação, amor e preconceito dentro de uma família LGBTQIA+. A peça acompanha a história de uma mãe lésbica que, apesar de ter enfrentado discriminação e rejeição ao se assumir, se vê reproduzindo com seu filho trans os mesmos julgamentos que sofreu no passado. No momento em que o garoto está em uma fase decisiva de sua transição de gênero, mãe e filho enfrentam um turbilhão de emoções, confrontando tabus, traumas familiares e preconceitos internalizados. Entre tensões, diálogos cortantes e momentos de profunda reflexão, Por que não cantando revela como o respeito verdadeiro pode ser tão desafiador quanto libertador, trazendo à tona questões universais sobre identidade, afeto e o que significa realmente apoiar a quem amamos.

Por que não cantando? Read More »

Vinte!

Vinte! é uma reivindicação ficcional da memória dos movimentos artísticos negros dos anos 1920 no Brasil. A partir de uma crítica à peça Tudo Preto (1926), da Companhia Negra de Revistas, a obra constrói uma relação poética com a cidade do Rio, com as artes e com o tempo, sob uma perspectiva afro-contemporânea.

Vinte! Read More »

Três idosos negros estão sentados e em pé em um local pouco iluminado. Uma pessoa segura uma câmera, outra está sentada de braços cruzados e uma terceira sorri. Uma pequena mesa com um jarro de vidro e uma garrafa está no centro. no canto direito da foto é possível ver uma quarta pessoa de costas, desfocada, que parece ter características semelhantes e estar olhando para os outros três. A logo do projeto O teatro e a democracia brasileira aparece acima à esquerda. Foto: Noelia Nájera

Bom dia, Eternidade

Quatro irmãos idosos que sofreram um despejo quando crianças recebem a restituição do terreno após quase 60 anos e se encontram para decidir o que fazer. O tempo se embaralha em um jogo de cortinas e um mosaico de histórias reais e ficcionais é costurado no quintal da antiga casa acompanhado de um bom café e de um velho samba. Em cena, uma banda de quatro músicos, cada qual com mais de sessenta anos, em um jogo friccional com as narrativas dos atores/atriz d`O Bonde. Um espetáculo que descortina a realidade do passado olhando para o presente.

Bom dia, Eternidade Read More »

Um homem sem camisa com músculos tonificados está em pé sob iluminação quente e suave em tronco. Ele se encontra de costas, com uma mão tocando a testa. A cena é pouco iluminada, contra um fundo escuro. Foto: Guto Muniz

Arqueologias do Futuro

ARQUEOLOGIAS DO FUTURO é uma performance-depoimento a partir de memórias – vividas e inventadas – da vida do performer Mauricio Lima no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, acompanhado de mais 30 vozes, se perguntando: o que o corpo fala? Quais corpos são vistos e ouvidos? Quem tem direito de narrar suas próprias histórias? Uma navalha, o Menino Amarelinho, as rotas de fuga, o Homem-bola e o corpo-museu são os “artefatos” recolhidos nessa arqueologia, formando um mosaico imagético-sonoro, político-poético, sampleando ficção e documento, apontando as potências de vida e o futuro, não o que há de vir, mas o que já é, de corpos vivos e em movimento.

Arqueologias do Futuro Read More »

Homem Cavalo e Sociedade Anônima

O espetáculo apresenta um cruzamento de situações sobre trabalho, moradia e consumo, costurado pela fábula de um homem animalizado e explorado em seus esforços por sobrevivência, como metáfora das impossibilidades, ilusões e contradições estampadas em nosso cotidiano. A obra materializa com fragmentos de poesia áspera a velha exploração do homem pelo homem. A obra épica conjuga a narrativa fabular com recortes de cenas, muitas vezes independentes, com tênue ligação temática e que, na somatória, despejam sobre nossas cabeças uma contumaz análise do capitalismo. É, entre outras, a fábula de um homem que puxa seu patrão acomodado sobre uma carroça. O “jovem trabalhador” (nome do personagem).

Homem Cavalo e Sociedade Anônima Read More »

Uma mulher está de costas para a câmera, envolta em uma bandeira brasileira. Ela está de frente para uma parede texturizada com persianas de madeira fechadas, em um espaço com tinta descascada e tijolos aparentes e ásperos. No canto superior esquerdo da imagem está a logo do projeto O teatro e a democracia brasileira. Foto: Adriana Marchiori

Terra adorada

Um espetáculo sobre nós, dirigido a nós, os brasileiros que não se consideram índios. Entrelaçando narrativas vivenciadas em terras indígenas Kanhgág e Mbyá Guarani, notícias jornalísticas, dados históricos, palavras de pensadores indígenas contemporâneos, além de memórias sobre sua origem indígena, Ana Luiza da Silva apresenta um olhar crítico sobre esse Brasil parido à força, inventado a partir das dores de mulheres pegas no laço. Um espetáculo sobre um país que “vai pra frente”…

Terra adorada Read More »

Representação artística de um bebê deitado de costas, estendendo os braços em direção a um tamborete.. O fundo apresenta formas abstratas em tons quentes, criando uma atmosfera texturizada e onírica. No canto inferior direito, sobreposta à imagem, está a logo do projeto "O teatro e a democracia brasileira". Arte: Manu Militão

Uma boneca no lixo

O espetáculo é um monólogo musical que discute a temática da “diferença” num país multicultural. É a estória de um bebê negro encontrado por uma enfermeira japonesa numa lata de lixo, na periferia da Grande São Paulo. A partir daí, vários personagens buscam soluções diante do conflito gerado pelas diferenças. O texto é pontuado por músicas executadas pelo grupo de percussão Asé-Dudú.

Uma boneca no lixo Read More »

Três mulheres com roupas coloridas se inclinam com seus corpos sobre cadeiras. A cena externa na grama seca e algumas plantas é emoldurada por ruínas. Foto: Pedro Isaías Lucas

Viúvas: performance-sobre-a-ausência

Viúvas: Performance sobre a ausência é uma peça em defesa da memória dos mortos desaparecidos na América Latina durante o período ditatorial.  No espetáculo, uma anciã, símbolo da memória e resistência, não desiste de reivindicar o conhecimento do destino de seus mortos: pai, marido e filhos estão desaparecidos. Sozinha com os netos, ela se contrapõe à atitude de outras mulheres, que se adequaram à situação com a qual ela não pode se conformar.

Viúvas: performance-sobre-a-ausência Read More »